1 de outubro de 2003

COISAS DA LITERATURA

Hoje aconteceram-me 3 coisas.
Uma: repeguei na escrita do romance que começou a assombrar, de forma indelicada, há algum tempo. Numa altura em que já iniciara outro e estava decidido a persegui-lo até que se rendesse. Este entrou, meteu os pés em cima da mesa e perguntou Quando é Chega o Jantar?. Enfim...

Duas: no Francisco J. Viegas (ainda via NTV, repetição) tomei contacto com o novo livro da minha amiga Margarida. Pop. Ela defendeu-o com a energia habitual e a evidência que escreve coisas que agradam a muitos portugueses do início do milénio. Ainda não está à venda e já se pressente colado aos tops. Mas isso, é assunto da ordem do comercial. Enquanto a via, desatei a rir-me de mim mesmo. O meu livro, a que acrescentara mais uns caracteres era o oposto: Não era contemporâneo, desconfio que não vai ser alegre; e, muito provavelmente nunca será visto no interior da casa do Big Brother. Ri-me, porque me foi evidente que nunca serei um bestseller. E ri-me, porque não me importo nada com o assunto. Adelante...

Três: um dos meus novos (no sentido "recente" da palavra) leitores escreveu-me um mail simpático. Os meus livros falarão de forma clara à sua sensibilidade e gosto literário. Escreveu-me para partilhar o prazer da leitura. E isso, meus caros amigos, não sendo decisivo para o acto de escrever, consola-nos e dá-nos forças para os momentos menos optimistas. E já que um blogue é, também, um diário "íntimo", aproveito para agradecer a todos os que contrariaram o hábito português de dizer apenas do que não gostaram e vieram ter comigo com palavras encorajadoras. Obrigado a todos.

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